Ensino de qualidade e formação para cidadania são os nossos objetivos!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Curiosa artigo de Ano Novo postada pelo Análise de Texto

Desejo um ano novo bem arretado pra vocês tudim !!!!
Conselhos de um cearense para um 2014 bem pai d’égua.

Sobre as suas metas para o Ano Novo

1. Anote os seus querê e pendure num lugar que você enxergue todo dia.
2. Mesmo que seus objetivos estejam lá prá baixa da égua, vale à pena correr atrás. Não se agonie e nem esmoreça. Peleje.
3. Se vire num cão chupando manga e mêta o pé na carreira, pois pra gente conseguir o que quer, tem é Zé.
4. Lembre que pra ficar estribado é preciso trabalhar. Não fique só frescando.

Sobre o amor

1. Não fique enrolando e arrudiando prá chegar junto de quem você gosta. Tome rumo, avie, se avexe
2. Dê um desconto prá peste daquela cabrita que só bate fofo com você. Aperreia ela. Vai que dá certo e nasce um bruguelim réi amarelo.
3. Você é um corralinda. Se você ainda não tem ninguém, não pegue qualquer marmota. Escolha uma corralinda igual a você.
4. Não bula no que tá quieto. Num seja avexado, pois de tanto coisar com uma, coisar com outra, você acaba mesmo é com um chapéu de touro.
5. As cabritas num devem se agoniar. O certo é pastorar até encontrar alguém pai d'égua. Num devem se atracar com um cabra peba, malamanhado e fulerage. O segredo é pelejar e não desistir nunca. Num peça pinico e deixe quem quiser mangar. Um dia vai aparecer um machoréi da sua bitola.

Sobre o trabalho

1. Trabalhe, num se mêta a besta. Quem num dá um prego numa barra de sabão num tem vez não.
2. Se você vive fumando numa quenga, puto nas calças e não agüenta mais aquele seu chefe réi fulerage, tenha calma, não adianta se ispritar. Se ele não lhe notou até agora é porque num tá nem aí se você rala o bucho no trabalho. Procure algo melhor e cape o gato assim que puder.
3. Se a lida não está como você quer, num bote boneco, num se aperreie e nem fique de lundu. Saia com aquele magote de amigos pra tomar uns merol. Tome umas meiotas e conte uma ruma de piadas que tudo melhora.

Sobre a sua vidinha

1. Você já é um cagado só por estar vivo. Pense nisso e agradeça a Deus.
2. Cuide bem dos bruguelos e da mulher. Dê sempre mais que o sustento, pois eles lhe dão o aconchego no fim da lida.
3. Não fique resmungando e batendo no quengo por besteira. Seje macho e pense positivo.
4. Num se avexe, num se aperreie e nem se agonie. Num é nas carreira que se esfola um preá.

Arrumação motivacional

1. No forró da entrada do ano, coma aquela gororoba até encher o bucho. É prá dar sorte, mas cuidado, senão dá gastura.
2. Tome um burrim e tire o gosto com passarinha ou panelada que é prá num perder a mania.
3. Prá começar o ano dicunforça:
4. Reflita sobre as besteiras do ano passado e rebole no mato os maus pensamentos.
5. Murche as orêia, respire fundo e grite bem alto:
Sai mundiça !!!
6. Ah, e não esqueça do grito de guerra, que é prá dar mais sorte ainda:
Queima raparigal !!
Agora é só levantar a cabeça e desimbestar no rumo da venta que vai dar tudo certo em 2014, afinal de contas você é cearense. E para os que não são da terrinha, mas são doidim prá ser, nosso desejo é que sejam tão felizes quanto nós.
Peeeeennnnse num ano que vai ser muito bom.
Respeite como vai ser pai d’égua esse 2014.
Que realmente seja um ano maravilhoso para todos nós!

Ciência sem fronteiras: justiça mantém 600 pontos no Enem


Segundo notícia do site EBC, no dia 20 de dezembro, foi publicada a decisão favorável ao Ministério da Educação (MEC) no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) que mantém a obrigatoriedade dos 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como pré-requisito de seleção para o Ciência sem Fronteiras.
De acordo com a decisão do TRF-5, os critérios de seleção do Enem só poderiam ser alterados pelos administradores, no caso o MEC, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Dessa forma, o governo federal deixa claro que não abre mão do Enem como o principal critério para selecionar os candidatos a bolsas de estudo no programa, uma vez que o exame não é apenas um medidor da qualidade do ensino médio, mas também um instrumento de política pública que pretende aumentar democratização do acesso ao ensino superior.
Aliás, tal decisão faz sentido, já que o Enem também passou a ser considerado pelas instituições estrangeiras como parâmetro de qualidade para a aceitação e alocação dos estudantes brasileiros em seus cursos.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Redação Subjetiva

O fim de ano e as festas chegaram, mas o InfoEnem não para! Esperamos que vocês tenham tido um feliz Natal e que 2014 seja um ano repleto de realizações, saúde, felicidades e sucesso!
Hoje, responderemos a uma pergunta enviada a nós por um leitor sobre abordagens de temas abstratos nas dissertações.
Em relação a redação do ENEM, é pouco provável que a banca elaborada produza uma proposta com um tema subjetivo, abstrato ou filosófico, já que a tradição do exame é trazer temas de cunho social, até porque a quinta competência avaliada é uma proposta de intervenção social em relação ao tema proposto. Até hoje, em dezesseis edições, o ENEM nunca abordou um tema abstrato, apenas social.
Porém, esse tipo de tema é possível e recorrente em alguns vestibulares brasileiros importantes, como o da UNESP (Vunesp) e o da USP (Fuvest). A UNESP, por exemplo, já trouxe como proposta de redação dissertativa-argumentativa os seguintes temas:
  • “A felicidade: entre o ter e o ser” (2010);
  • “Os valores morais e sua importância na sociedade “(2010 – meio de ano);
  • “A bajulação: virtude ou defeito?” (2012) e “Escrever: o trabalho e a inspiração” (2013).
Já alguns exemplos da USP são:
  • “Reflexões sobre amizade” (2007);
  • “Fronteiras e seus múltiplos significados: geográficos, psicológicos, de pensamento, científicos, linguísticos…” (2009);
  • “O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?” (2011).
Esses temas costumam assustar alguns candidatos, já que o foco das escolas e cursinhos é, normalmente, temas objetivos, mas devemos estar prontos para escrevermos sobre qualquer coisa, já que surpresas podem vir tanto em temas subjetivos quanto em temas objetivos, como foi no ENEM 2012, no qual o tema “Movimento imigratório para o Brasil no século XXI” causou desespero em vários candidatos despreparados e não tão atualizados e/ou informados, o que teve como consequência uma queda na nota de redação em colégios públicos e privados brasileiros, com exceção dos públicos federais, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação sobre o ENEM 2012. Na prova de produção escrita, as médias das escolas federais foram as únicas que subiram, de 612 para 613; já as privadas tiveram uma redução de dez pontos, de 612 para 602; as estaduais, por sua vez, caíram de 507 para 491 e, as municipais, por fim, de 544 para 533.
A subjetividade é um enfoque, um tipo de abordagem que se faz sobre os temas convencionais, tendo como objetivo fazer com que o candidato reflita de uma maneira que leve em conta seu modo de ver os fatos, a vida e o tema abordado, tendo como instrumento uma sofisticação de pensamento, deixando um pouco de lado a linguagem informativa e passando a usar uma linguagem na qual predominam as figuras estilísticas. Apesar disso, o tipo de texto pedido ainda é a dissertação, isto é, apesar do tema ser subjetivo, abstrato, o candidato deve posicionar-se e emitir um juízo de valor, senão corre o risco de não cumprir o tipo textual requerido.
A redação subjetiva nos leva além da argumentação, pois nos apresenta um conjunto mais abrangente de discussões reflexivas, um outro modo de encarar o mundo, a vida e os fatos cotidianos o que, às vezes, nos faz concluir que não há soluções definitivas para estes temas, o que é uma diferença em relação aos temas objetivos e de viés social.
Construções metafóricas e transdisciplinares (relações de sentido que extrapolam as disciplinas formais) entre o tema e disciplinas escolares, como por exemplo, História, Literatura, Artes etc são excelentes recursos para tratar de temas subjetivos e/ou abstratos a fim de articular ideias. A criticidade também deve estar presente, apesar do tema, já que o ideal é o candidato trazê-lo para a sua vida, para a sua rotina.
Além de temas subjetivos, pode haver temas filosóficos, de natureza reflexivo-filosófica, nos quais pode existir o predomínio da linguagem poética e a abordagem passa a ser introspectivo-reflexiva, na qual pode haver um aspecto especial: a emoção. Por isso, o candidato, neste tipo de prova de redação, pode abusar um pouco mais de uma linguagem mais rebuscada e de um ponto de vista que busque analisar a alma humana em confronto com o mundo. Porém, é importante não ficar passivo diante de um tema como este.
No site da Fuvest, vocês podem encontrar as provas dos vestibulares nos quais os temas mencionados acima foram propostos e, também, ler as melhores redações de cada edição, refletindo como temas subjetivos podem ser abordados. Acessem http://www.fuvest.br/b/locexa2f.php?anofuv=2014 e, acima, à direita, há uma janela (“Ir Para”) na qual vocês podem selecionar o vestibular anterior desejado.
Até a próxima semana!
 

Guia de Profissões 2013 - Matemática

Matemática pode ser definida como a ciência que estuda as quantidades, o espaço, as relações abstratas e lógicas aplicadas aos símbolos. O bacharel em matemática utiliza a lógica na formulação de teorias e no teste de hipóteses. Esse profissional tem a capacidade de desenvolver aplicações dos cálculos na pesquisa pura e na ciência aplicada. Pode também trabalhar para criar fórmulas e bancos de dados, interpretando e solucionando problemas de desenvolvimento de produtos, de produção e de logística em indústrias e empresas.
Como a matemática está envolvida em todos os setores, esse profissional é bastante versátil e pode trabalhar nas áreas econômica, financeira, tecnológica, de física e pesquisa, entre outras.
Uma possibilidade bastante interessante é para aqueles que fazem licenciatura, pois está habilitado a lecionar nos ensinos fundamental e médio. Como todos sabem, existe uma falta enorme de profissionais da educação, principalmente nas exatas.
Caso prefira, outra alternativa para o matemático é a carreira acadêmica, desenvolvendo pesquisas e lecionando dentro da universidade.
Média Salarial inicial
De acordo com MEC, o salário médio inicial é de R$ 1.451,00 para professor da educação básica na rede pública por 40 horas semanais.
Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2012, estes são os melhores cursos de matemática do Brasil.
* lista em ordem alfabética e organizada por estado
Entrevista
Para conhecer mais sobre as oportunidades de um matemático e sobre o respectivo curso, convidamos para uma entrevista Luis Gustavo Hauff Martins Grimm, matemático formado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e que atualmente leciona Matemática na Educação Básica das Redes Pública e Particular. Luis também é responsável pelas resoluções de matemática das apostilas do infoEnem.
 
1 – Por que escolheu o curso de matemática?
Eu sempre fui mais ligado à área de ciências exatas e também sempre gostei de me envolver com tecnologia. Desde pequeno, em seu quartinho, meu avô me ensinou eletrônica, curso que eu vim a fazer como técnico no ensino médio, em São Paulo. Durante o curso eu sempre soubera que tinha feito a escolha certa. Quando me formei fui trabalhar em uma empresa de manutenção em equipamentos médicos onde fiquei por cerca de 5 anos e adorava o que eu fazia. Convicto de que faria Engenharia Elétrica, no cursinho um professor de Matemática sugeriu me para que eu tentasse cursar sua disciplina, já que me via ensiná–la a meus colegas com tanto gosto. Considerei sua sugestão e naquele ano ingressei em Licenciatura em Matemática. Passado um ano a ideia de ser engenheiro ainda me assombrava, tanto que no final dele passei novamente no vestibular para Engenharia Civil. No ano seguinte comecei a lecionar Matemática e o sonho de ser engenheiro começou a dar lugar a um docente convicto. Passado 3 anos do curso de Engenharia Civil larguei–o e retomei o curso de Licenciatura o qual me formei. Sem nenhum resquício de arrependimento após toda esta trajetória de fato escolhi a Matemática.
Entretanto, a pergunta foi por que eu escolhi a Matemática. Confesso que não sei responder, mas contada minha história sem dúvida eu digo que a vida me levou, de uma forma interessante, para o rumo certo.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
Na Unicamp o curso é bastante voltado à carreira acadêmica (pesquisa), o que o torna um pouco mais abstrato do que já é. O bacana é que você descobre o que de fato é Matemática e passa a enxergá–la com outros olhos. Evidente que houve algumas disciplinas que não gostei ao longo de todo o curso, mas de uma maneira geral eu gostei muito.
As dificuldades que eu encontrei basicamente são aquelas ligadas às próprias disciplinas. Tem algumas que são de fato mais difíceis, mas nada que muito estudo e dedicação não resolvam. No começo da graduação eu não trabalhava e isto ajudou bastante, mas logo que comecei a rotina de estudar e trabalhar ao mesmo tempo gerou certa dificuldade.
3 – Como é exercer a profissão de matemático? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
A carreira de professor de matemática é bastante distinta da de um matemático puro. A área da Educação no Brasil é algo muito desvalorizado pela sociedade. Todos dizem que a figura do professor é fundamental para o futuro do país, porém não valorizam o processo educacional. Isto faz com que o professor seja prejudicado. Falar do reconhecimento do governo é ainda pior e, portanto é melhor nem comentar. Contudo ser professor não pode ser encarado com uma opção tolerável de profissão. Eu costumo dizer que são três as carreiras que o maior pré–requisito deve ser o amor em exercê–las, as ligadas a área de: Educação, Saúde e Segurança.
Minha rotina é bastante conhecida por todos. Acordo cedo, vou de uma escola para outra, de noite preparo as aulas, provas, corrijo–as, etc. Basicamente é uma rotina em que você pensa em escola quase que 24 horas por dia. Mas com certeza eu digo que por ser apaixonado pelo que faço é uma rotina muito gratificante, ainda que com suas dificuldades.
4 – Neste momento econômico, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais da sua área?
Uma vez um professor do IMECC (instituto de matemática da UNICAMP) fez uma analogia da empregabilidade do professor a de uma torneira. Ele disse: “professor é uma torneira que pode até pingar pouco, mas nunca seca.” É possível dizer que desemprego e professor são palavras que não combinam muito. Na verdade a falta de professor no mercado atualmente é uma das grandes preocupações da área educacional.
Como já mencionei anteriormente professor não é uma profissão valorizada nem pelo governo nem pela sociedade e por isso o retorno financeiro acaba sendo bem abaixo do pretendido, embora não seja tão ruim como se pensa. É possível sim ser professor da Educação Básica e ter uma vida confortável financeiramente falando. É claro que é preciso correr atrás. Fazer mestrado e doutorado trazem muitos benefícios, como um aumento significativo no salário.
5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para aqueles que cursam matemática e/ou exercem a profissão?
No meu entender existe uma característica que é fundamental para exercer qualquer profissão, gostar do que faz. Se a profissão não fizer sentido na sua vida, ela acaba se tornando extremamente estressante de se realizar. Acordar todo dia e ir para o trabalho não podem ser algo trabalhoso, custoso ou doloroso. Eu prefiro pensar que eu vou para a escola, me divirto e no final do mês ainda sou pago para fazer o que faço.
Sendo específico com a profissão de professor não basta apenas gostar ou conhecer o conteúdo que se vai ensinar. Não dá para falar que se um sujeito gosta e entende de matemática então ele tem tudo para se dar bem como professor. Lecionar é uma atividade muito complexa que exige um grande conhecimento humano. Lidar com a responsabilidade de transformar e dar autonomia para crianças, jovens e adultos é uma tarefa bem delicada. Sendo assim uma grande característica para ser professor é estar disposto a se doar em benefício do futuro do outro.
6 – Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Escolher a profissão de professor ou qualquer outra é uma questão de autoconhecimento. Eu acredito que o importante é você criar algumas opções para então escolher uma delas. O caminho dos estudos é um dos mais seguros, pois é através dele que se tem contanto com as diversas áreas do conhecimento. Ainda assim não é algo simples. Por exemplo, alguém que goste de biologia e de animais não quer necessariamente dizer que ela deva seguir a profissão de veterinária. O segredo está em ponderar o que se gosta de fazer com a rotina da profissão, ou seja, separar o que é hobby do que virá a ser seu trabalho.
Muitos escolhem a carreira levando em conta alguns critérios: tempo de formação, opções no mercado de trabalho, remuneração e até mesmo a fuga de conteúdos que na escola não se tinha familiaridade. A gente escuta muitos alunos dizendo que querem seguir uma determinada carreira por não envolver matemática. É evidente que todos estes fatores devem ser levados em consideração, porém a meu ver não são os prioritários. Quando se faz o que gosta a tarefa de superar os obstáculos fica mais fácil e as chances de sucesso são maiores.
No meu caso, conforme relatei, a escolha da carreira demorou mais do que eu gostaria. Ter cursado a Engenharia Civil foi o que eu diria “um mal necessário”. Caso não tivesse feito até hoje poderia estar me questionando: e se eu tivesse feito engenharia? Hoje tenho certeza, ao menos por enquanto, de que eu fiz a escolha certa.
 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Inep já se prepara para o Enem 2014


Devido à quantidade de inscritos e, claro, importância do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Exame Nacional do Ensino Médio, já começou se adiantar para a edição de 2014 do exame.
De acordo com Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep, antes mesmo de terminar o ano de 2013, os preparativos para Enem de 2014 já foram iniciados. A expectativa é que o cronograma da próxima edição do exame seja divulgado entre os meses de março e abril. A título de comparação, em 2013 por exemplo, o órgão divulgou o cronograma no mês de maio.
“Em 2013 tivemos 7 milhões de inscrições: a expectativa é que esse número aumente em 2014”, disse à Agência Brasil. De fato, um número maior de inscritos necessita uma organização maior.  “[O Enem 2014] demanda muita atenção, desde a logística à segurança e correção”, afirmou Costa.
É interessante notar que o Inep anunciou diversas mudanças no exame durante este ano de 2013. Entre as principais está a alteração do local para a elaboração da prova, que terá segurança reforçada. O espaço terá acesso restrito e será construído na nova sede do Inep. Quem for acessá-lo deverá passar por um scanner e será monitorado.
O presidente do Inep também fez questão de destacar que neste ano houve uma ênfase na capacitação dos que fazem a aplicação e correção do exame. Segundo Costa, essa capacitação deverá ser mantida na próxima edição do Enem.
“O processo vem se aprimorando e se consolida como uma régua republicana”, garante o presidente do Inep.
Nós do infoEnem concordamos com o ponto de vista destacado por Costa, pois acreditamos que quanto mais cedo essa preparação for iniciada, maior a chance do Enem 2014 transcorrer normalmente.
Ponto para o Inep.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013


Feliz

Natal!

Feliz

Natal!

Quando sai o resultado do Enem 2013?

Vida de vestibulando não é nada fácil.
O ano já começa com estudos e muitas dúvidas quanto à profissão. Depois o nervosismo vai aumentando, dia após dia, até atingir o seu ápice que, claro, acontece nos dois dias de prova do exame.
Após o exame, bate aquele relaxamento. Afinal, o momento mais importante para vestibulando no ano já passou, correto?
Sim, está correto. Mas isso não quer dizer que o estudante não terá mais emoções pela frente, principalmente quando estamos falando em Enem. Tanto é verdade que aquele relaxamento citado anteriormente brevemente começa a se transformar em ansiedade, pois está chegando a hora da divulgação dos resultados do Enem e, na seqüência, SiSU e Prouni.
E a ansiedade do momento se refere justamente a divulgação dos resultados do Enem 2013. Afinal, quando o Inep liberará os desempenhos dos estudantes na última edição do exame que aconteceu nos dias 26 e 27 de outubro?
Oficialmente não temos uma data. Segundo comunicado do próprio MEC, os resultados serão publicados na primeira semana de janeiro de 2014, ou seja, até o dia 5. Entretanto, vale destacar que em diversos anos, a divulgação foi antecipada pelo Inep.
Dessa forma, continue acompanhando diariamente o infoEnem. No começo de janeiro certamente você já poderá conhecer seu desempenho. Ou antes.


domingo, 22 de dezembro de 2013

Redação ENEM 2013: Possíveis Abordagens

Recebemos algumas mensagens com dúvidas e comentários acerca do tema da redação do ENEM 2013 – “Efeitos da Implantação Lei Seca no Brasil” – e, hoje, escrevemos a esse respeito.
Um leitor nos perguntou se o tema da redação do ENEM 2013 induziu os candidatos ao erro, mas não mencionou que erro seria este (aliás, pessoal, ao nos mandarem mensagens, sejam claros ao máximo para podermos responder adequadamente) e, nos perguntamos, por que o tema “Efeitos da Implantação Lei Seca no Brasil” induziria ao erro.
Pensamos que este tema não induziu os candidatos ao erro, já que toda a coletânea de textos motivadores abordava os vários efeitos da implantação da Lei Seca no nosso país, desde publicidade, dados estatísticos e alternativas que bares, restaurantes e cidadãos tomaram para não infringir a lei, ou seja, mudanças que a implementação da Lei Seca gerou em toda a população em relação a costumes, tradições e comportamentos.
A redação deveria abordar se estas alterações oriundas da lei são suficientes ou não, adequadas ou inadequadas, se geram resultados significados ou se mais proibições e/ou mudanças devem ser efetivadas para que menos pessoa morram em acidentes de trânsito, já que as estatísticas mostradas na coletânea poderiam ser melhores, etc. Este tema permite várias abordagens, desde concordar com a Lei Seca até discordar da mesma, mas vale ressaltar que como o ENEM pede uma proposta de intervenção social, mesmo que o texto concorde com a lei, deveria haver uma sugestão de melhora, de aperfeiçoamento, por exemplo.
O mesmo leitor nos informou que abordou a questão da negligência por parte de alguns policiais e nos perguntou se isso é interessante, mas apenas com esta informação não podemos responder a este questionamento com propriedade, pois, para isso, deveríamos ler a redação completa.
Caso esta questão tenha sido posta dentro dos limites temáticos da proposta, sem tangenciar ou fugir do tema e de forma coesa e coerente com todo o restante do texto, sim, é uma possibilidade, mas o quanto esta possibilidade é efetiva em termos de progressão temática, apenas os corretores do ENEM irão dizer.
Outra dúvida que chegou até nós diz respeito à menção dos termos “Lei Seca” na redação e pergunta se caso a redação não tenha mencionado, explicitamente, o nome da lei, pode ser anulada. A mensagem ainda discorre, pensamos nós, sobre o que o candidato escreveu: abordou o alcoolismo no trânsito e na família e, na proposta de intervenção social, dissertou sobre o rigor dos policiais nas rodoviais e do papel da família na intervenção por meio de um diálogo conscientizador com os seus filhos.
Novamente, reafirmamos, que responder a um questionamento desse com um resumo da redação é impreciso, já que o correto é ler todo o texto, mas podemos afirmar que toda abordagem que permeia o tema central – efeitos da Lei Seca no Brasil – abordando assuntos relacionados como papel da família e da polícia, sem mencionar a lei pode ter tangenciado o tema, isto é, ter abordado o tema de maneira parcial, marginal e/ou superficial, já que não relacionou esta questões a Lei Seca.
Ao lermos uma proposta de redação, devemos pensar qual é seu foco principal (neste caso, a Lei Seca no Brasil) e a partir dele traçar paralelos, relações com outras questões, como por exemplo, papel da família, do governo e da polícia, ações de intervenção, adequações etc e não ao contrário.
Na semana seguinte ao ENEM 2013, escrevemos um texto sobre as possíveis abordagens que os candidatos poderiam ter lançado mão no momento da prova. Clique aqui para lê-lo de novo. Vale a pena!
Na próxima publicação, abordaremos temas “menos objetivos” de redações, como honra, ética, amizade, dentre outros.
Até a próxima semana!
 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Guia de Profissões 2013 - Geografia

A geografia é a ciência que realiza a descrição da Terra além do estudo da sociedade e das ações que exerce na natureza. Dessa forma, esse profissional tem como foco o estudo do solo, do relevo, do clima, da distribuição das águas e da vegetação do nosso planeta.
Quanto as possibilidades do mercado de trabalho, embora a demanda maior seja por licenciados, os bacharéis também encontram boas oportunidades, pois podem ser contratados por órgãos públicos e empresas de consultoria para atuar no setor de análise ambiental e emitir laudos periciais relacionados a projetos de ocupação do solo urbano.
 
Média Salarial inicial
Segundo o MEC, o salário médio inicial é de R$ 1.451,00 (professor da educação básica na rede pública por 40 horas semanais).
Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2013, estes são os 12 melhores cursos de Geografia do Brasil.
Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades da carreira, convidamos para um bate papo João Paulo Vicensio, formado em licenciatura em geografia pela Unesp rio claro em 2001 e mestre em geografia na área de epistemologia da geografia pela PUC -SP em 2011. Atualmente, leciona geografia no colégio Objetivo (Sorocaba).
1- Por que escolheu o curso de Geografia?
Escolhi o curso porque tive um excelente professor de Geografia no ensino médio chamado Edvaldo, que a cada aula aumentava o meu interesse pela área e que aos poucos me fez ver a profissão de professor como um projeto de vida.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
No primeiro ano achei que tinha feito a escolha errada, pela organização do curso haviam muitas matérias de geografia física tratando de coisas que não são abordadas na geografia do ensino médio, fiquei perdido e sem entender muita coisa, isso só mudou no segundo ano quando em um trabalho de campo em Poços de Caldas…de repente descubro q tudo aquilo q eu tinha visto separado sobre geologia, clima, vegetação, solos, etc…na verdade são fenômenos integrados…e que o geógrafo na verdade procura enxergar relações invisíveis entre coisas visíveis…
3 –É a rotina de trabalho? Gostaríamos que falasse um pouco sobre o seu dia a dia.
No momento dou aulas em Sorocaba de manhã e a noite, os períodos mais estressante e difíceis são os de fim de semestre, quando além das avaliações para corrigir há muita pressão pelo cumprimento de prazos, em q os alunos desejam saber suas notas, os pais os resultados dos seus filhos (aprovados ou reprovados)…com exceção disso a rotina é tranquila…leio vários jornais e revistas na internet, pois preciso saber o q acontece no Brasil e no Mundo e preparo as minhas aulas a tarde.
4- No atual momento econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os geógrafos?
A maior oportunidade estão nos SIGs Sistemas de informação geográfica ou de georreferenciamento…na criação e suporte de plataformas que relacionem os diferentes locais e suas características e as informações que as pessoas buscam…como google maps, earth, aplicativos para iphone para acompanhar a chegada do táxi, pizza, encomendas e até para verificar onde estão os namorados ou namoradas…essa é uma área de atuação importante para o geógrafo, em crescimento e com falta de especialistas.
5- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
A carreira de professor é difícil, seja pelo stress ou pela falta de reconhecimento pela sociedade e de financeiro, porém a sensação que eu tenho as vezes quado consigo ter 50 alunos prestando atenção em mim é indescritível…a que se considerar ainda que o principal mercado para os professores está na rede pública de ensino onde as condições de trabalho são abaixo daquilo que seria o mínimo necessário, assim sugiro ao interessado em cursar geografia focar sua carreira nas áreas de atuação ligadas ao Bacharelado em Geografia como os SIG´s (já mencionados na questão anterior) , elaboração de estudos de impactos ambientais, pesquisas populacionais e interpretação de dados estatísticos

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Previsão para inscrições Sisu 2014

Dentre todas as dúvidas dos estudantes e candidatos que participarão do próximo SiSU, certamente a mais comum é a data que serão abertas as inscrições da referida seleção.
Primeiramente vamos esclarecer, para quem ainda não sabe, o que é o SiSU.
O Sistema de Seleção Unificada nada mais é do que o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Para saber mais detalhes do SiSU, clique aqui.
Quanto ao início do prazo das inscrições para quem almeja uma vaga numa universidade pública, é importante ressaltar que ainda não temos uma data definitiva. Quem decide, evidentemente, é o MEC, que em geral, anuncia o período pouco tempo antes da abertura do mesmo.
Entretanto, se compararmos com anos anteriores e nos lembrarmos da necessidade das universidades em saber seus novos alunos, podemos fazer uma previsão razoável dessa data tão aguardada.
Ano passado, por exemplo, o período de inscrição foi do dia 7 (segunda) ao dia 11 (sexta). Ou seja, o SiSU foi aberto no início da primeira segunda-feira do ano.
Analisando o calendário de 2014, e lembrando que o MEC já informou que o resultado do Enem será divulgado na primeira semana de janeiro, podemos supor que a data de abertura do próximo SiSU será no dia 06.
Vele lembrar que essa data é apenas uma previsão. Acreditamos que o MEC divulgará o período exato juntamente com o resultado do Enem 2013.
Fique ligado no infoEnem que faremos a cobertura completa do SiSU 2014 aqui.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Escolas vão ao MP contra divulgação de notas do Enem

A divulgação do desempenho no Enem 2012, por escola, realizado a poucos dias pelo MEC, já está causando bastante polêmica. E o motivo é bastante simples. Esse desempenho acaba virando uma grande oportunidade de publicidade. E, claro, no caso das escolas que não estão bem classificadas ou que não tiveram seu desempenho divulgado por algum motivo saem perdendo na busca por alunos.
Segundo matéria divulgada pelo site do Estadão, a Fenep (Federação Nacional de Escolas Particulares) protocolou no Ministério Público Federal (MPF) uma solicitação para que seja investigada a divulgação dos desempenhos das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. A Fenep, que representa colégios particulares do País, reclama da maneira como os resultados foram publicados, pois permite a elaboração de rankings.
De acordo com Amábile Pacios, presidente da federação, o INEP, órgão responsável pela realização do Enem, ignorou reclamações contra as divulgações. “Além de incentivar o ranqueamento das escolas de forma equivocada, o que não traz benefícios para a educação, a divulgação foi seguida de correções”, afirmou a presidente.
Vale destacar que após a divulgação da lista de escolas, 31 instituições que não estavam listados no ranking conseguiram, através de recurso, ter seus desempenhos divulgados. Outros 70 casos ainda continuam em análise.
Já o Inep defende que não realiza ranking. De acordo com o órgão, a divulgação dos desempenhos tem o intuito de auxiliar estudantes, pais, professores, dirigentes e gestores educacionais “nas reflexões sobre o aprendizado dos estudantes”.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Guia de Profissões 2013 - Psicologia

Posted: 13 Dec 2013 04:36 AM PST
A psicologia é a ciência que estuda os fenômenos e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo). Para isso, faz análise das emoções, das ideias e até dos valores dos seus pacientes. Dessa forma, esse profissional atua na promoção, na prevenção, na recuperação e na reabilitação de pessoas com distúrbios mentais, emocionais e de personalidade. Ele observa as atitudes, os sentimentos e os mecanismos mentais do paciente e procura ajudá-lo a identificar as causas dos problemas e a rever comportamentos que não são adequados.
O psicólogo pode atuar em consultórios, hospitais e nas mais variadas instituições de saúde, contribuindo, do ponto de vista psicológico, para a recuperação da saúde das pessoas. Outra possibilidade de trabalho é nas escolas e instituições, colaborando na orientação educacional de crianças e jovens, principalmente aquelas que apresentam dificuldade de aprendizado.
Uma resolução do MEC do ano de 2011 determinou que a licenciatura em Psicologia deve ser oferecida apenas como complemento ao bacharelado. Em geral, o licenciado desenvolve metodologias pedagógicas para professores, desde dos ensinos básicos aos cursos profissionalizantes e técnicos. Outra possibilidade para esse profissional é a elaboração de estratégias psicossociais para ONGs, abrigos comunitários e centros socioeducativos.
Assim como tantas outras áreas, o psicólogo pode optar também pela carreira acadêmica, realizando pesquisas e lecionando em universidades.
Média Salarial inicial
Segundo o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, o salário médio inicial é de R$ 1.815,00 ou R$ 122,00 (por consulta).
Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2013, estes são os 11 melhores cursos de Psicologia do Brasil.
Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades da carreira, convidamos para um bate papo Priscila Corazza, psicóloga formada pela UNIMEP (CRP 06/109665) e que atualmente trabalha como Analista de Recrutamento e Seleção na ALL (América Latina Logística).
 
1- Porque escolheu o curso de Psicologia?
Escolhi o curso de Psicologia por diferentes motivos.
Na escola me identificava mais com as matérias voltadas para as áreas de Humanas, sempre gostei de escutar as pessoas e entender o que estava acontecendo para tentar ajudar, me colocar no lugar do outro. Um dos motivos que me levaram a optar pela Psicologia foi essa possibilidade de entender os problemas, angústias e medos que as pessoas normalmente trazem em seu cotidiano, saber de onde vem esses conflitos e ter conhecimento para solucioná-los.
Outro importante fator que me levou a essa escolha foi o grande número de opções no ramo de atuação. O profissional de psicologia pode atuar em diferentes ambientes de trabalho como hospitais, fóruns, consultórios, ongs, empresas, escolas, clubes esportivos, penitenciárias, instituições sociais e dentro de cada ambiente destes ainda pode atuar em diferentes áreas. Por exemplo, dentro de uma empresa o psicólogo pode atuar com a parte organizacional (Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Cargos e Salários, Benefícios, Administração de Pessoal, Avaliação de Desempenho ) com a clínica junto á medicina do trabalho visando a saúde mental dos trabalhadores ou com a área de Marketing ajudando na captação de público alvo e no desenvolvimento de projetos.
E por último, acredito que assim como a maioria dos candidatos á Faculdade de Psicologia eu tinha uma grande curiosidade a respeito do inconsciente, de como essas informações que ficam “escondidas” em nossa mente afetam nossas vidas, qual o peso que elas tem em nossa interação com as pessoas e com o meio e em como poderia acessar essas informações.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
A Psicologia é uma ciência muito ampla, com diferentes abordagens, mesmo o curso tendo 10 semestres de duração (em algumas Universidades até 11 semestres, como é o caso da Unimep) ainda assim não é tempo suficiente para que toda a teoria seja abordada em sala, é necessária disciplina do aluno para que haja continuidade dos estudos em casa.
Dificuldade também encontrada pelos alunos no final do curso é a escolha da abordagem a qual querem seguir, com tantas opções possíveis (Comportamental, Fenomenologia, Psicanálise, Humanista, Gestalt, entre outras) fica realmente difícil optar por uma, por isso a importância que o graduando estude bastante sobre todas, além da grade curricular, para que possa encontrar identificação com uma delas durante curso.
Outra lacuna nos cursos de Psicologia é quanto aos Testes Psicológicos, até mesmo pela falta de tempo acabamos estudando e aprendendo a aplicar pouquíssimos testes, normalmente quando chegamos ao mercado de trabalho nos deparamos com testes que não tivemos contato durante a graduação, seria muito válido que os estudantes de psicologia fizessem cursos extra-curriculares de diferentes testes durante a faculdade.
Antes de escolher aonde fará o curso é importante que o aluno procure conhecer a Faculdade na qual pretende se matricular para ver se há a estrutura necessária para um bom aprendizado. Acredito que laboratórios de Anatomia e para Psicologia Comportamental são de grande importância, bem como salas para atendimento clínico e testes psicológicos.
3 – Como é exercer sua profissão? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Atualmente trabalho na área de Psicologia do Trabalho, assumindo a posição de Analista de R&S, gosto dessa área por ser bastante dinâmica, normalmente se está em contato com muita gente ao mesmo tempo, o ambiente de trabalho costuma ser muito agitado e corrido e conseguimos obter conhecimento e aprender mais sobre muitas outras profissões além da nossa. Apesar de ser considerada por muitos como uma área da Psicologia mais “fria”, não vejo dessa forma, pois conseguimos estabelecer uma relação muito próxima, válida e importante com os funcionários.
A empresa na qual estou tem o departamento de RH bem estruturado, sob minha responsabilidade estão as funções de Recrutamento e Seleção, Avaliação de Desempenho e Treinamento e Desenvolvimento tais como: divulgação das vagas, captação e triagem de currículos, entrevistas, aplicação de testes psicológicos, seleções internas de colaboradores para promoções, captação de documentos, controle de aderência ao quadro de colaboradores (número de vagas orçadas x admitidos/demitidos), controle do Turn Over, acompanhamento dos colaboradores em período de experiência, entrevistas de desligamento, campanhas de conscientização, entre outras.
Durante a faculdade tive a oportunidade de ter experiencias com a área de Psicologia Escolar, com a qual não me identifiquei e com a Clínica Infantil, a qual pretendo dar continuidade futuramente por conta da empatia que tive com as crianças durante o processo analítico, porém sem abandonar a do Trabalho. O fato é que essas são meras opiniões das minhas experiencias, sendo tão ampla a atuação do Psicólogo, o ideal é que durante a faculdade o aluno experiencie o maior número de possibilidades possíveis para que quando formado possa escolher a melhor opção.
4- No atual cenário econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os psicólogos (as)?
A saúde mental das pessoas vem ganhando importância no decorrer dos anos, hoje em dia, não é interessante para uma empresa, por exemplo, ter um funcionário com um excelente currículo se a “cabeça dele não estiver no lugar” para poder desenvolver suas atividades. Cada vez mais as empresas estão se preocupando não só com a produtividade, mas também com o bem estar de seus trabalhadores.
Na área social os psicólogos também tem tido papel fundamental em muitos movimentos como o da Luta Antimanicomial, no trabalho com drogaditos e na criação e atendimento em CAPS.
Com a mudança no estilo de vida das pessoas em decorrência do ritmo acelerado que a sociedade adotou nos últimos anos (rotina profissional, sucesso, casa, estudos) muitas doenças das quais até então ouvia-se falar muito pouco, tornaram-se comuns, tais como stress, depressão, crises de ansiedade, síndrome do pânico, entre outras fobias sociais. Junto com essa mudança no estilo de vida das pessoas emergiu também a necessidade de um profissional para resolver esses conflitos.
Durante muitos anos a atividade profissional de psicologia ficou quase que restrita aos consultórios e instituições sociais (como nos antigos manicômios). Nos últimos anos esse cenário mudou, os psicólogos passaram a se inserir de forma ativa nos mais diversos ambientes, aumentando assim, as possibilidades de atuação.
A sociedade na qual estamos inseridos encontra-se doente, muitas mudanças acontecendo em um espaço muito curto de tempo (estrutura familiar, educação, tecnologia, super valorização do trabalho, precocidades infantis, etc) cada vez mais a presença do psicólogo terá espaço e será de extrema importância nos mais diferentes meios.
Vale lembrar que os profissionais de psicologia são os únicos autorizados a aplicar, corrigir e fazer laudos de testes psicológicos, portanto essa função é exclusivamente nossa, não sendo permitida a nenhum outro profissional.
5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para quem escolher Psicologia?
Característica imprescindível para uma pessoa que deseja cursar Psicologia é ser despida de conceitos pré estabelecidos, ser “cabeça aberta”, durante o curso haverá a desconstrução de crenças, tabus e regras sociais (religiosas, culturais, de ordem sexual, entre outros) que muitas vezes fazem parte de nossa criação. Tem que estar disposto a encarar e entender as diversidades, e ter a consciência que as diferenças tornam as pessoas apenas diferentes, nem melhores e nem piores, não há certo nem errado. Julgamentos baseados em conceito próprios e auto regras não são aceitos. É preciso desenvolver a capacidade de empatia, se colocar no lugar do outro, sentir como outro, sofrer como o outro.
Quem pretende se tornar psicólogo tem que ser sensível aos problemas do outro, porém, saber a distância necessária para não se deixar envolver, ter a frieza e a sensibilidade necessárias em doses exatas.
Se você não sabe guardar segredos, essa com certeza não é a melhor profissão para você, toda a relação Psicólogo-paciente deve ser mantida em sigilo absoluto, sob pena de ter o diploma caçado.
Outra característica que o candidato à faculdade de psicologia precisa ter é gostar de leitura, gostar muito de leitura, a teoria é extensa e “pesada” e a na maioria das vezes os textos são de difícil entendimento, tendo que ser lidos mais de uma vez.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Muitas pessoas buscam o curso de Psicologia procurando auto-conhecimento, para isso o ideal é que essas pessoas sejam os pacientes e não os Psicólogos.
Gostar de ouvir os amigos e dar conselhos sobre determinadas situações também não é o suficiente para a escolha do curso.
Ser psicólogo exige tempo e muito estudo. Psicólogos não tem bolas de cristal (como muitas pessoas imaginam), não conseguimos olhar ou conversar 5 minutos com uma pessoa e descobrir qual é o problema, o processo para o conhecimento da mente e dos comportamentos humanos é lento, contínuo e exige paciência.
A ética na Psicologia também é uma coisa importantíssima, trabalhar com o conteúdo que está “trancado a sete chaves na cabeça das pessoas” exige muito cuidado, é fascinante e ao mesmo tempo perigoso, as palavras de um psicólogo podem mudar drasticamente a vida de uma pessoa. Trabalhar com o subconsciente de alguém sem interferir no livre arbítrio é desafiante.
A intenção não é desanimar ninguém, apenas ressaltar a responsabilidade por trás dessa profissão.
Para os corajosos que encararem esse desafio descobrirão o “mundo” incrível e complexo que há por trás de cada indivíduo.
Cursar Psicologia, traz grandes mudanças na nossa forma de enxergar as coisas, as pessoas, as relações sociais e as relações com o meio em que vivemos, a pessoa que entra para a graduação com certeza não é a mesma que sai, somos transformados de forma significativa durante o curso e o amadurecimento pessoal é evidente.
Vale lembrar que é muito importante que todo psicólogo também faça terapia/análise para poder lidar da melhor forma possível com as situações que aparecerão durante toda a vida profissional.
Falando sobre remuneração, dependendo da área de trabalho que for escolhida o retorno financeiro e o reconhecimento profissional são demorados, mas a longo prazo o retorno costuma ser muito gratificante.
 
E aí? Decidiu cursar psicologia? Se ainda tem dúvidas, separamos alguns ótimos espaços para que você entenda um pouco mais dessa bela carreira:

Enem pode ter questões de Francês, Alemão e Mandarim

No modelo atual, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)  possibilita aos candidatos escolher entre duas línguas estrangeiras (inglês ou espanhol). Mas o leque dessas escolhas pode aumentar (e muito!).  Pelo menos foi o que disse Aloizio Mercadante na última quarta-feira, dia 12, após evento com o presidente da França, François Hollande. 
De acordo com o ministro da Educação, o governo brasileiro estuda a possibilidade de incluir outros idiomas como opção na prova do Enem, entre eles o francês, o mandarim e o alemão.
Referente especificamente a prova de francês, o ministro afirmou que será feito um estudo da demanda. “Eu disse que vamos, antes de tomar essa decisão, fazer uma avaliação para ver a demanda que existe. Mas é uma possibilidade. Se houver volume significativo de estudantes para que seja mais uma opção, podemos ampliar não só para o francês”, garantiu.
Já François Hollande demostrou total interesse na inclusão do francês no Enem e ressaltou a possibilidade de uma parceria. “Eu desejo, e digo na frente do ministro, que a possibilidade de optar pela língua francesa no vestibular possa ser facilitada e ampliada. A recíproca é verdadeira. Há um projeto de língua bilingue que existe na França. Desejamos, em várias escolas, lecionar o português”, afirmou o presidente francês.
É esperar para ver.
 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Dúvidas Redação Enem 2013


Mais dúvidas e questionamentos, sobre os mais variados aspectos da redação do ENEM, chegaram até nós e, hoje, responderemos sobre tipos de letra e uso da coletânea de textos motivadores.
A questão da letra foi o tema de uma dúvida de um(a) leitor(a), que perguntou se a redação do ENEM pode ser escrita com letra de forma. Qualquer redação, de qualquer prova, vestibular ou concurso pode ser escrita com letra de forma, bastão, cursiva, de mão etc, desde que seja uma letra legível. Ninguém pode obrigar um candidato a escrever com um determinado tipo de letra, mas esta letra, este texto deve ser legível para que o corretor o corrija sem problemas, já que uma redação ilegível total ou parcialmente prejudica a leitura de qualquer pessoa e o corretor precisa ler de modo fluído para corrigir da melhor maneira possível.
Em uma banca corretora de um vestibular ou de um exame como o ENEM, os corretores corrigem centenas de redações por dia e devem fazê-lo com o máximo rigor e com a mesma aplicação em todos os textos para haver justiça, mas o processo precisa andar e, por isso, não há tempo de tentar decifrar o que o candidato escreveu, por isso uma letra legível, seja de forma ou cursiva, é fundamental.
Nas salas de aplicação das provas do ENEM, o candidato não pode entrar com lápis ou lapiseira, mas em outras provas, eles são permitidos e há textos que, claramente, foram escritos primeiro a lápis ou à lapiseira e depois a caneta foi passada por cima, sem apagar com a borracha o grafite que ficou por baixo e isso deixa o texto com um aspecto ruim, que dificulta a leitura por parte do corretor. Então, quem gosta de fazer deste modo, reserve um tempinho para apagar o grafite que ficou por baixo da tinta da caneta.
Outro ponto interessante, que ninguém perguntou, mas tem a ver com isso é a obediência às margens da folha. Muitos candidatos não obedecem as margens da folha de redação, ou seja, não aproveitam ao máximo o espaço dado, escrevendo textos não justificados, o que dá uma má impressão estética. Aproveitem ao máximo as margens da folha da prova, escrevam até o fim da margem, reservando espaço apenas para os parágrafos à esquerda, já que o número de linhas é limitado e qualquer espaço é essencial.
O uso da coletânea de textos motivadores também foi uma dúvida que chegou até nós, mais especificamente, se é permitido utilizar, com outras palavras, os dados e as estatísticas apresentadas pela banca elaboradora.
Este é, realmente, um ponto de dúvida, pois o Guia do Participante, publicado neste ano, deixa claro que cópias da coletânea serão desconsideradas, mas muitas vezes queremos usar algum dado, número ou exemplo contido nela e o melhor modo de fazermos isso é escrevendo-os com as nossas palavras, ou seja, parafraseando a coletânea. Por meio da paráfrase, isto é, escrevendo com outras palavras, mas dando o mesmo sentido, pode-se usar dados e estatísticas da coletânea de textos motivadores, já que não trata-se de cópia e sim de paráfrase, uma nova apresentação, que é mais interessante e mais difícil de fazer do que meramente copiar.
Talvez este seja o objetivo deste regra da redação do ENEM: ao proibir a cópia, que realmente é algo raso, ele “obriga” o candidato a utilizar a coletânea de outro modo, um modo mais complexo, por meio da paráfrase.
Na próxima semana, responderemos dúvidas sobre possíveis abordagens do tema da redação do ENEM 2013 “Efeitos da Implantação Lei Seca no Brasil”. Continuem nos mandando mensagens, com sugestões, inclusive, de textos. A participação de vocês é importante para nós!

Previsão de inscrições ProUni 2014


Das inúmeras utilizações que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) possui, aquela que gera mais “participantes”, juntamente com o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), certamente é o Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudos a alunos sem diploma de nível superior, em instituições de educação superior privadas, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica.. Para se ter uma ideia, só no primeiro semestre deste ano, foram registradas 2.011.538 inscrições de 1.032.873 candidatos.
Passado o Enem 2013, é claro que a atenção dos candidatos se volta ao SiSU e ao ProUni. E a principal duvida é a data de abertura das inscrições do primeiro ProUni de 2014.
Primeiramente é importante ressaltar que a data ainda não foi definida pelo Ministério da Educação (MEC). Entretanto, podemos fazer uma boa previsão se compararmos com as datas deste ano. Veja as datas do SiSu e do ProUni do primeiro semestre de 2013:
  • Inscrições do primeiro Sisu 2013 – Do dia 7 (segunda) ao dia 11 (sexta)
  • Inscrições do primeiro Prouni 2013 – Do dia 17 (quinta) ao 21 (segunda)
Em outras palavras, o Sisu ocorreu na segunda semana de janeiro e o ProUni entre a segunda e a terceira semana.
Olhando para o calendário de 2014, e tendo em vista que o MEC já informou que o resultado sairá na primeira semana de janeiro (veja a matéria), podemos prever que as próximas inscrições do ProUni deverão ser abertas entre os dias 13 (segunda segunda-feira de janeiro) e 20 (terceira segunda-feira de janeiro).
É importante ressaltar que essas datas não passam de uma previsão do infoEnem. Em breve o MEC anunciará as datas definitivas. E, claro, divulgaremos aqui em nosso portal.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Questões de Física Enem 2013 - Opinião de Professor

Por Fernando Buglia
Quando o assunto é vestibular, a disciplina de Física sempre causa intensos calafrios nos estudantes. E não é para menos. Nos vestibulares tradicionais, como USP e Unicamp, tal disciplina sempre cobrou conhecimentos muito específicos e contas bastante complexas.
No entanto, pelo menos tendo em vista a proposta inicial do MEC, de 1998, o Enem teria como meta mudar esse panorama, pois exigiria dos candidatos muito mais interpretação e raciocínio ao invés da temida “decoreba”. Além disso, traria situações bem mais próximas do dia a dia dos estudantes.
Mas será que o MEC conseguiu, de fato, atingir essa meta?
A resposta, pelo menos na disciplina de Física, é: mais ou menos!
Em 2009, com a criação do SiSU (no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Enem) a disciplina de Física, como todas as outras, parece ter perdido, pelo menos em parte, as características da proposta inicial citada anteriormente.
Especificamente na disciplina de Física, podemos perceber que o conteúdo começou a ser amplamente cobrado. Eletrodinâmica, ondulatória, hidrostática e até física moderna são presenças quase certas na prova do Enem. Dessa forma, o estudo tradicional ainda é a principal forma de garantir uma boa nota.
Entretanto, se compararmos com os vestibulares tradicionais, as questões de física merecem algumas ressalvas. Vamos relembrar (e analisar) algumas delas que apareceram no último Enem (2013) antes de destacarmos esses pontos. A numeração das questões abaixo são referentes ao caderno branco (clique aqui para fazer o download do arquivo em PDF).
A primeira que merece destaque é a questão 52. Aquela do paraquedista que atingia a velocidade limite antes e depois depois da abertura do paraquedas! Uma questão simplesmente fantástica que, sem apresentar necessidade de conta alguma, conseguiu exigir do candidato raciocínio, interpretação de gráfico e conteúdos fundamentais da física, como queda livre e Leis de Newton.
Outra questão importante na análise que quero fazer é a 58, que indagou os estudantes quanto a forma de montar um cortador de carne de um açougueiro de maneira que esteja dentro do limite de segurança proposto no enunciado. Seguindo exatamente a mesma característica da questão analisada anteriormente, esta também exige conhecimentos importantes da física, no caso a cinemática do movimento circular uniforme (MCU) e suas aplicações. Conhecer e entender as diferenças entre velocidades lineares e angulares era fundamental para chegar a resposta correta. Novamente nenhuma conta era necessária.
Quanto as questões de eletrodinâmica (foram três no total), todas usaram exemplos do cotidiano e conceitos importantes de eletricidade, como Leis de Ohm e potência elétrica. A questão 68 era referente a utilização de aparelhos de medição (voltímetro e amperímetro). Novamente não era cobrada nenhuma conta. Nas outras duas, resolver equações se fazia necessário. Entretanto, apenas a da ponte de Wheatstone não equilibrada (Questão 79) tinha a matemática como “empecilho”. Na outra, que mais uma vez falava sobre chuveiro, as contas eram relativamente simples.
Hidrodinâmica? Mesma coisa! Tinha que compreender a primeira Lei de Newton e uma das aplicações mais importantes do Teorema de Pascal – a prensa hidráulica. Dessa forma, bastava uma leitura atenta que as contas (novamente!) eram bem tranquilas. Eletromagnetismo? Idem! Tinha que saber sobre força elástica e força magnética em condutores imersos em campos magnéticos. Depois de uma boa leitura, bastava resolver uma equação de primeiro grau!
Assim sendo, após uma breve análise de algumas questões da prova de física do Enem 2013, podemos traçar algumas características que ainda se mantém fiéis à proposta inicial do exame, uma que sofreu modificação e outra que nem existe mais.
Primeiro as características que continuam:
  • Exercícios que dão preferência a situações do cotidiano.
  • Necessidade de boa interpretação de textos e gráficos.
Agora, aquela que sofreu alteração:
  • Antigamente, as contas praticamente não eram cobradas. Agora, diversos exercícios necessitam das contas. Entretanto, vale destacar que a grande maioria envolve uma matemática simples, sendo poucos os que necessitam de uma matemática mais complexa. Portanto, as contas fazem parte das questões de física, mas definitivamente não são o foco!
E, por último, aquela que deixou de existir:
  • Antes da criação do Sisu, em 2009, os conceitos da física que eram cobrados no exame eram demasiadamente simples. Hoje, não tem como negar que esses conteúdos que aparecem na prova são tão profundos quanto a primeira fase da Fuvest, por exemplo.
Conclusão: Na minha opinião, a prova de física do Enem mudou e para melhor! Está conteudista (afinal, o Enem virou um vestibular gigantesco!), mas ainda explora muito a boa interpretação de gráficos e textos. A matemática, claro, se faz necessária, mas não é, de forma alguma, a maior dificuldade da maioria das questões, pois não apresenta contas mirabolantes. Além disso, diversos problemas fazem parte do dia a dia dos estudantes.
Enfim, uma bela prova que irá selecionar aqueles que estudaram e se interessaram por diversos assuntos. Apenas uma ressalva quanto ao pouco tempo dado para resolver cada item. Mas essa é outra discussão e que, na verdade, é problema da prova como um todo e não apenas na disciplina de física.

Posso usar a nota do Enem para certificação do Ensino Médio, Sisu e ProUni?

Desde 2010 o Enem ganhou mais uma importante função dentre as demais que já exerce: A Certificação do Ensino Médio. A partir do art. 38 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, qualquer brasileiro maior de 18 anos que não tenha concluído este estágio de escolaridade pode prestar o exame com objetivo de conseguir o diploma do Ensino Médio.
Isso provavelmente você já sabe. Mas uma dúvida comum a muitos de nossos leitores e que semanalmente aparece em nossa caixa de entrada de e-mails talvez também possa ser a sua.
O candidato que prestou Enem para certificação do ensino médio e obteve a pontuação necessária poderá tentar, com a mesma nota, acesso ao ensino superior via SiSU ou ProUni?
Primeiramente você deve entender como funciona o processo para certificação do ensino médio via Enem. Sucintamente, é necessário informar essa intenção no momento da matrícula e escolher uma instituição certificadora, a qual irá criar seu documento. Para poder retirar o diploma é preciso atingir 450 pontos em cada uma das 4 provas objetivas e 500 pontos na redação. O informativo completo sobre o processo pode ser lido em nossa página sobre o certificado do Ensino Médio via Enem.
Agora que já sabe o passo a passo para conseguir o diploma do ensino médio, vamos esclarecer os questionamentos.
1- É possível, com as notas de uma mesma edição do Enem (a de 2013 por exemplo), retirar o diploma de ensino médio e concorrer a vagas pelo SiSU?
Entramos em contato com a Central de Atendimento do MEC para solicitar tal informação, e a resposta é SIM. Entretanto, o atendente do MEC ressaltou que depende da instituição aceitar ou não a Certificação do Ensino Médio via Enem.
Além disso, se este é o seu caso, fique atento às datas. O resultado do Enem 2013 sairá em janeiro, e as inscrições do SiSU 2014 devem ocorrer uma ou duas semanas depois. Considerando-se que o diploma do ensino médio será emitido pela instituição certificadora num prazo de 15 a 30 dias úteis após entrada da documentação, o candidato estará concorrendo a uma vaga em universidade pública sem possuir o documento, que será exigido caso seja aprovado. Então nossa recomendação é que, assim que o resultado do Enem for divulgado, caso atinja a pontuação necessária, já dê entrada nos documentos junto a instituição certificadora, para não correr o risco de ser convocado pelo SiSU e ainda não ter recebido o diploma.
Caso não conheça as regras do SiSU, leia nossa página sobre o sistema.
2 – E o ProUni? Posso aproveitar as mesmas notas do Enem que usei para retirada do diploma de ensino médio para disputar as bolsas do programa?
Quanto a possibilidade de usar a nota do Enem para diploma do ensino médio e posteriormente se inscrever no ProUni (Programa de Universidade para Todos), que oferece bolsas de estudos em faculdades particulares com base nas notas do exame, a resposta também foi positiva. Porém, o atendente do MEC salientou que o candidato deve se encaixar em todos os pré-requisitos de desempenho no Enem e de renda familiar para poder se inscrever e concorrer as bolsas. Para conhecer todas as regras e exigências do ProUni, acesse nossa página sobre o programa.


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Incrições abertas Jovem Aprendiz 2014 Itaú

As vagas para Jovem Aprendiz 2014 banco Itaú estão a todo vapor e vão beneficiar milhares de jovens brasileiros que procuram a carreira bancária para iniciar no mercado de trabalho como Jovem Aprendiz Itaú em 2014.
O Programa Jovem Aprendiz do Itaú foi criado com o objetivo de selecionar jovens brasileiros, para que eles possam ter alguma experiência profissional, já que a maioria das empresas presentes hoje no Brasil, somente contratam pessoas experientes. Conseguir o primeiro emprego é um desafio cada vez mais difícil, já que as empresas estão cada vez mais exigentes.
Para o programa Jovem Aprendiz do Banco Itaú para 2014, as inscrições ainda não foram abertas, mas você deve ficar atento ao prazo das mesmas, para garantir a sua inscrição.Muitos adolescentes acabam recorrendo ao banco Itaú devido ao fato deste banco se tratar de uma das maiores instituições financeiras, estando presente há anos no Brasil, oferecendo sempre os melhores serviços aos seus clientes.
JOVEM-APRENDIZ-2014-BANCO-ITAÚ--INSCRIÇÕES-ABERTAS
Visando um melhor futuro aos jovens brasileiros, o Itaú aderiu ao programa Jovem Aprendiz, que permite a qualquer adolescente entre 14 e 24 anos a conseguir ingressar no mercado de trabalho. O banco Itaú oferece uma excelente infra estrutura ao jovem inscrito no programa, garantindo-lhe uma oportunidade de mudar de vida. O Itaú vem investindo no Programa Jovem Aprendiz desde 2003 e desde então já abriu oportunidades para muitos jovens brasileiros.
O jovem aprendiz contará com cerca de 600 horas de capacitação teórica, aprendendo tudo sobre os temas bancários, informática, questões éticas e também comportamentais, cultura de um modo geral e muito mais!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Guia de profissões 2013 - Medicina

Finalmente o Guia de Profissão 2013 do infoEnem chegou naquele que, certamente, é o curso mais desejado dentre os estudantes que buscam ingressar no ensino superior. O assunto de hoje é a medicina, claro!
De maneira sintética, podemos dizer que a medicina é a ciência que estuda a natureza e as causas das doenças que atingem os seres humanos, tendo como foco a cura e/ou a prevenção. Para desenvolver seu trabalho, faz parte da rotina do médico realizar diagnósticos, solicitar exames, prescrever medicamentos e fazer cirurgias.
Quanto as possibilidades no mercado de trabalho, a grande maioria desses profissionais aplica seus conhecimentos em hospitais, clínicas, postos de saúde ou em consultórios próprios. Entretanto, também existem bastantes oportunidades para participar de programas de prevenção e de planejamento da saúde coletiva ou mesmo dentro de empresas. Existem ainda aqueles que optam pela carreira acadêmica, desenvolvendo pesquisas e lecionando em universidades.
Para aqueles que escolherem cursar medicina, os desafios começam bem cedo. Destaque para o vestibular, que cada vez mais apresenta uma relação candidato vaga assustadora, e para as altíssimas mensalidades cobradas pelas universidades particulares. Esses são apenas dois desafios, dentre muitos, que deverão ser superados pelos estudantes que optarem por umas das profissões mais valorizadas do mercado.
 
Média Salarial inicial
Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo, o salário médio inicial é de de R$ 3.120,00 por 24 horas semanais.
 
Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2014, estes são os 14 melhores cursos de Medicina do Brasil.
* Lista organizada por estado e em ordem alfabética
* Lista organizada por estado e em ordem alfabética
 
 
Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades da carreira mais cobiçada pelos vestibulandos, convidamos para um bate papo o médico Marcos Alcides Bindilatti, graduado em 1993 pela Universidade São Francisco de Bragança Paulista. No momento Marcos atua como cirurgião do aparelho digestivo e médico emergencista.
1- Porque escolheu o curso de Medicina?
Penso que a medicina é que escolhe você, e não você à escolhe. Com o passar da sua infância e depois adolescência nós temos algumas atitudes que vão se encaixando no ¨ser médico¨, como ficar sensibilizado com os problemas dos próximos e querer ajudá-los, por exemplo. A minha escolha não foi diferente. Por influência familiar, apesar de meus pais não serem médicos, eles faziam parte de uma associação de assistências para pessoas menos favorecidas e foi participando dessas assistências que logo me enxerguei como médico. Lógico que o gostar de matérias ligadas as áreas biológicas também ajudam, mas penso que não foi condição determinante.
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
O curso de Medicina consiste em 6 anos de graduação e depois 3 a 6 anos de especialização, que parece ser uma eternidade. Aliás, não só parece, mas é mesmo. Você entra na faculdade e depois de alguns anos após seus amigos estarem cursando uma faculdade diferente da sua e com duração menor, é obrigado a vê-los ingressar no mercado de trabalho muito antes que você, enquanto ainda está naquela vida escola-casa-estudo. Isso parece não incomodar, mas com o passar dos anos você sente que tem que produzir e ganhar seu sustento, mas ainda está ¨só¨ estudando. Essa foi para min a grande dificuldade de fazer um curso tão longo. Apesar disso a longa duração e a grande intensidade do curso de medicina faz com que você crie laços fortes com seus colegas de classe.
3 – Como é exercer sua profissão? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Ser médico é uma constante procura em ajudar o próximo. Sua vida profissional passa por várias fases que vão dos plantões de sua residência médica emendando com os plantões fora dela. Após a residência você cai definitivamente no mundo e aí pensa: ¨Pronto! Fiz uma faculdade e a especialização que eu queria e agora vou trabalhar na minha área¨. Mas muitas vezes, até realmente encontrar um lugar ao sol, você se vê trabalhando em vários lugares até se estabilizar e ter uma vida mais “normal”. No meu caso, demorou dez anos até eu chegar a condição de levar uma vida com menos correria, mesmo assim ainda não consigo ter um horário “comercial” de trabalho, ou seja, não tenho um horário fixo para chegar em casa. Mas ainda chego lá .
4- No atual cenário econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os médicos?
O Brasil está em uma fase de transições em todo o mercado de trabalho, mas a profissão de Médico está passando por uma mudança ainda mais radical. De um lado, temos um governo que não respeita os conselhos profissionais, trazendo os médicos de fora com formação e capacitação duvidosa, além de não exigir que façam a prova de Revalidação do diploma para atuarem no território nacional. No meu ponto de vista, isso influenciará muito a profissão de médico no Brasil, porque afastará novos profissionais nas aéreas básicas da medicina e com isso médicos brasileiros procurarão cada vez mais as especializações, deixando tais áreas sem os profissionais que tanto necessitam. Por outro lado, a medicina ainda é um porto seguro, não faltando oportunidades de emprego ou bons empregos.
5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para quem escolher ser médico?
Para seguir a carreia de médico você tem que ter algumas características próprias, como gostar de ajudar o próximo, trabalhar em equipe, sempre querer saber o “porque “das coisas e não achar que já aprendeu tudo. Na carreira de médico você deve sempre ter em mente que muitas vezes não estará em condições ideais de trabalho, mas há uma pessoa do outro lado que estará precisando de você para ter uma condições ideais ou quase ideais.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Minha dica para todos que querem cursar medicina é ter persistência, pois tanto para entrar como também para seguir o curso vão parecer muitas pedras no caminho, motivo pelo qual manter o foco é o segredo. Quando já formado, lembre-se sempre que o dinheiro é uma consequência e não a causa da relação médico-paciente.
 
Quer ainda mais informações sobre esta belíssima carreira? Então veja os blogues e sites que recomendamos e consideramos referência em medicina. E fique ligado no infoEnem, pois semana que vem tem mais ¨Guia de Profissão 2013¨!
 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Notas de corte do SISU: Entenda como funciona!

A utilização da nota do Enem no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e principalmente as “notas de corte” geram muitas dúvidas naqueles que nunca fizeram uso do sistema desenvolvido pelo MEC. Mas se você é um desses candidatos, pode ficar tranquilo que, além de ser fácil, nós do infoEnem explicaremos tudo para você.
Primeiro vamos a explicação do que é o SiSU. Com a palavra, o próprio MEC: “O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) é o sistema informatizado gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC) no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).”
De maneira simplifica, podemos dizer que, duas vezes ao ano, começa o “leilão” do Sisu, onde o “lance” é o desempenho de cada candidato no último Enem. Ou seja, o primeiro SiSU de 2014 utilizará as notas do Enem 2013.
Parece difícil, mas é muito tranquilo. Você entra no site do SiSU, digita seus dados e o próprio sistema “puxa” suas notas do Enem. Assim, você pode disputar qualquer vaga disponível nas instituições participantes. Mais ainda! Cada candidato tem direito a duas opções de curso para se inscrever.
Assim que terminar o prazo de inscrição do Sisu, que geralmente dura 5 dias, você será avisado se “passou”, se está na lista de espera ou se não conseguiu.
Viu como não é tão difícil quanto parece?
Agora que você entendeu um pouco das regras do SiSU, podemos falar sobre as notas de corte: Elas nada mais são que o desempenho do último matriculado de cada curso, em cada instituição. Ressaltamos que o MEC não disponibiliza as notas de corte de edições anteriores do SiSU, apenas algumas universidades o fazem esporadicamente.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Provas do Enem 2013 prisional serão aplicadas hoje e amanhã

A partir das 13h de hoje, 3 de dezembro, mais de 30 mil pessoas privadas de liberdade que cumprem medidas socioeducativas farão o primeiro dia de provas da edição 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) prisional.
O exame será aplicado nas próprias unidades prisionais ou socioeducativas espalhadas por todo o Brasil. Assim como ocorre com a edição tradicional do Enem, as provas serão compostas por 180 questões objetivas mais a redação, dividas em dois dias.
Hoje os candidatos terão 4 horas e 30 minutos para resolver as questões de ciências humanas e de ciências da natureza. Amanhã, terão 1 hora a mais de prova, pois além das 90 questões de linguagens e códigos e matemática, também irão escrever a redação.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mapeou o perfil dos candidatos e revelou algumas informações interessantes. A que merece maior destaque mostra que 23.405 (77%) dos participantes tem como objetivo a retirada do certificado do ensino médio. Vale ressaltar que, caso o candidato atinja a pontuação necessária para isso, ele poderá concorrer a vagas em universidades públicas via SiSU (Sistema de Seleção Unificada), bolsas de estudo em faculdades através do ProUni (Programa Universidade para Todos) e no curso técnico, pelo Sisutec (Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica). No caso de aprovação, o detento poderá cursar o ensino superior de forma presencial em regime semiaberto ou de forma indireta, no qual terá acesso às gravações das aulas.
Outro dado interessante fornecido pelo Inep diz respeito a faixa etária dos candidatos que farão o Enem 2013 prisional. A maioria dos inscritos tem entre 22 e 40 anos, sendo que 9 mil têm entre 22 e 30 anos e 8,6 mil, de 31 a 40. Além disso, o órgão ainda informou que nesta edição o número de inscritos aumentou cerca de 30% em relação a 2012, quando contou com 23,6 participantes. Lembramos que todos os candidatos foram isentos dos R$ 35 da taxa de inscrição.
Os gabaritos das provas serão divulgados até o próximo dia 9 de dezembro. Já os resultados, sem data prevista, poderão ser acessados somente pelos responsáveis pedagógicos de cada instituição, disponibilizados no nesta página, mediante a inserção da senha pessoal.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Prazo de inscrições para o Ciência sem Fronteiras foi prorrogado

De acordo com a Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação (MEC), o prazo para as inscrições para o programa Ciência sem Fronteiras (CsF), que concede bolsas no exterior para graduandos e pós-graduandos na área de ciência e tecnologia, foi prorrogado até 6 de dezembro. As chamadas estão abertas para os seguintes países: Noruega, Reino Unido, Finlândia, Bélgica, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, EUA, Coréia do Sul, Espanha, Canadá, Alemanha, França, Hungria, Itália, Suécia, Irlanda, China, Japão e Áustria.
Os requisitos necessários para todas as chamadas são:
  • Obter desempenho superior (ou igual) a 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
  • Apresentar teste de proficiência no idioma aceito pela instituição de destino e ter realizado no mínimo 20% e, no máximo, 90% do currículo de seu curso, no momento do início previsto da viagem de estudos
  • Cursar uma das áreas contempladas pelo programa.
É importante destacar que a bolsa que for concedida aos candidatos selecionados custeará a permanência do aluno pelo período de até doze meses para realização de estudos (tempo integral). Além da mensalidade na moeda local, são concedidos auxílio instalação, seguro-saúde, auxílio deslocamento para aquisição de passagens aéreas e auxílio material didático, para compra de computador portátil ou tablet.
E fique atento que, além da mudança no prazo para se inscrever, outros itens das chamadas foram alterados. Clique aqui para acessar a página do programa Ciência sem Fronteiras e ver o edital completo, inclusive com suas retificações.

Guia de Profissões 2013 - Relações Internacionais

O bacharel em relações internacionais (RI) estuda as relações entre Estados e instituições em todo ambiente internacional. Sendo assim, atua na formulação, no planejamento, na gestão e na avaliação da cooperação entre nações e estados. Para isso, realiza pesquisas e relatórios sobre conjuntura internacional para órgãos públicos e ONGs. Também executa e avalia programas e projetos de natureza internacional. Quando o assunto é política externa, uma das principais funções desse profissional é referente a mediação e resolução de conflitos entre países e empresas (multinacionais).
Dentre outras atividades, esse bacharel, através de análise do cenário mundial e investigação de mercados, pode avaliar as possibilidades de negócios e aconselhar diversos investimentos no exterior.
Outra possibilidade é seguir na área acadêmica, lecionando e realizando pesquisas dentro da universidade.
 
Média Salarial inicial
Segundo o prof. Matheus Souza, da Unijorge, o salário médio inicial é de de R$ 1.500,00 a R$ 1.800,00.
 
Onde estão os melhores cursos?
De acordo com o Guia dos Estudantes 2012, estes são os 13 melhores cursos de relações internacionais do Brasil.
* Lista organizada por estado e em ordem alfabética
 
Entrevista
Para saber mais sobre as oportunidades dessa carreira, convidamos para um bate papo a profissional de RI Marília de Camargo, Graduada em 2010 pela Facamp (Faculdades de Campinas) e que atualmente trabalha como especialista de projetos na Ambev.
 
1- Porque escolheu o curso de Relações Internacionais?
Após um ano de intercâmbio cultural feito através do Rotary Club, nos EUA, criei o hábito de ler New York Times e The Guardian, pois na época queria manter meu inglês. Sendo assim, eu sempre lia a parte de politica, economia e mundo. Passei a ficar fissurada por uma columa do NYT escrita por Paul Krugman. Era demais! Todas as análises que o mesmo fazia e quanto ele sabia de tudo o que estava acontecendo no mundo! Enfim, ao voltar do intercâmbio não sabia o que prestar de vestibular, pensei muito em direito, mas não era a minha cara, ciências sociais achava radical demais, sendo assim, fui em busca de algo que me desse a capacidade de entender todo o cenário internacional, que eu fosse capaz de entender tudo que Krugman descrevia. Um belo dia lendo a Folha de São Paulo, vi uma reportagem a respeito da “profissão sensação – RI”, ao ler vi que era aquilo que eu estava a procura! Comecei a correr atrás para entender se era isto mesmo que eu queria, conversei com pessoas que estavam cursando e no fim achei exatamente o que procurava!
2 – O que achou do curso? Cite as principais dificuldades encontradas ao longo do mesmo.
Analisando friamente o curso tem uma carga teórica muito extensa e pouquíssima parte prática. Na verdade é dinâmico, pois a principal fonte de estudo é o cenário internacional politico, econômico e social, dado que este não é estático, ou seja, apesar de entendermos e analisarmos as possíveis causas e consequências da primeira e segunda guerra mundial, devemos fazer o mesmo com a conjuntura atual. Ou seja, acompanhar o cenário politico, econômico e social internacional, parar entender se os movimentos e fenômenos que estão ocorrendo são recorrentes de algo do passado ou se são novas frentes; é ter capacidade para não só entender, mas saber relacionar o passado, presente e prever cenários futuros.
Muitos ficam apreensivos e ansiosos para colocar “a mão na massa” e começar um estágio o qual, no imaginário, terão a oportunidade de projetar e discutir cenários em relação à certas tomadas de decisões que empresas ou governos devem fazer. Cuidado! Estágio na área é escasso e grande parte envolve muito mais demandas relacionadas à comércio exterior entre outras, não pensem que de cara saíram negociando acordo com governos ou ONGs.
Deste modo, um dos principais desafios é vencer a ansiedade e ter calma após a graduação, reforço entender que atuar na área as vezes não corresponde às expectativas. Até mesmo o curso acaba decepcionando algumas pessoas, por sentirem falta de uma possível parte prática.
Caso a pessoa não esteja habituada a longas leituras, já adianto que de cara terá problemas ao longo do curso, assim como, se a não tiver o mínimo interesse por economia e história, também se decepcionará.
3 – Como é exercer sua profissão? Conte-nos um pouco sobre sua rotina.
Atualmente cuido de projetos nas áreas comerciais e de responsabilidade social. Desta maneira, meu trabalho na Ambev envolve o relacionamento com associações, entidades de classe e departamentos públicos. a indústria cervejeira, por exemplo, atualmente tem grande preocupação relacionada à frente de segurança viária, deste modo, sempre incentivamos discussões com os demais setores, afim de juntos criarmos alternativas e soluções para atuarmos na prevenção de acidentes envolvendo o uso indevido de álcool e direção.
Posso dizer que minha rotina envolve entender os possíveis problemas e/ou oportunidades, compreender o cenário a partir da análise do que o poder público já faz, administra e reage, quais são as possíveis boas práticas dentro e fora da cidade de São Paulo, como a concorrência se manifesta perante a tal questão e assim desenvolver projetos e ou programas partindo apenas da empresa ou unindo-se a outros setores e frentes que já atuam na causa / oportunidade.Ou seja, envolve reuniões, planejamento e pesquisas.
Também realizo planejamento de custos, cronograma para levar a empreitada adiante, manutenção, determino objetivos, metas e em quanto tempo tal projeto será impactante e relevante para a sociedade. Penso que a rotina de um internacionalista que atue no primeiro e ou terceiro setor seja um pouco diferente quando relacionado às demandas e desafios, contudo, ambos também provavelmente atuam no meio do campo de todos os players de cada setor.
4- No atual cenário econômico brasileiro, qual a sua opinião em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades para os profissionais de RI?
Para ser sincera sempre fui muito pessimista em relação às oportunidades na área dentro do mercado de trabalho brasileiro. Contudo, creio que todos devemos aproveitar a onda dos grandes eventos esportivos – Copa do Mundo e Olimpíadas – para mostrar para o segundo setor o quão válido é contar com um profissional com mindset (mentalidade) diferente, uma vez que a nossa visão de mundo é uma excelente ferramenta para mostrar que não basta a empresa querer produzir e vender, a mesma deve entender o mercado no qual pretende atuar. Sendo assim, faz-se necessário respeitar aspectos religiosos, culturais, econômicos e sociais.
Por exemplo, quando a Ambev iniciou a comercialização da cerveja Brahma em países da América Central, a mesma foi lançada com outro nome – Brahva – justamente por questões culturais, ou seja, para uma empresa ser bem sucedida tem que conhecer não só apenas os hábitos dos clientes, mas o que os mesmos prezam em outras esferas, para assim, não só conquistá-los, mas principalmente respeitá-los! Deste modo, é importante contar com o auxílio de um internacionalista para aprimorar atuação, produtos e serviços, ou seja, será que todas as empresas estão prontas para lidar com consumidores europeus, americanos e asiáticos no período dos grandes eventos? Muitos pensam que para ser internacionalista os desafios e as demandas encontram-se apenas fora do país de origem, contudo, lembrem-se que hoje o mundo está de olho no Brasil e em como iremos receber estes dois grandes eventos.
Ademais, devemos pensar na globalização a partir do momento que um empresa quer atuar em outras fronteiras e ou ampliar suas plantas para outros países. Não basta apenas instalar-se, sem antes entender o cenário político, econômico e social do mesmo. Faz-se sim necessário desenhar cenários, entender possíveis restrições governamentais ou até mesmo restrições culturais, ou seja, reforço o fato de que um internacionalista tem ampla visão de mundo e um mindset necessário para auxiliar empresas nestas frentes!
5 – Quais as principais características que você acredita serem necessárias para quem escolher RI?
Certamente a pessoa que optar por estudar relações internacionais deve estar ciente que o curso tem uma carga pesada de leitura, contudo, não basta apenas ler o conteúdo programado, tem que ter capacidade para entender a conjuntura atual e como as teorias se encaixam na mesma. Além disso, é fundamental ter apreço por questões de economia, política e sociedade.
Creio que a pessoa tem que ter consciência de que ingressar no mercado de trabalho é difícil, mas não existem barreiras e/ou restrições devido a formação. Por fim, acima de tudo a pessoa deve estar segura da escolha, entender em qual área deseja atuar no futuro e quais as possibilidades.
6- Gostaríamos que desse dicas, conselhos ou qualquer outro tipo de informação que ajude nossos leitores a decidir seguir (ou não) a sua profissão. Fique a vontade!
Muitos jovens encaram que, ao cursar Relações Internacionais, irão mudar e salvar o mundo, combater a fome, acabar com guerras mundiais ou entrar para história como uma personalidade que fez algo de notável no cenário internacional. Entretanto, tais desejos devem ser provenientes de uma vontade maior, uma mudança maior, ou seja, que a mudança parta da pessoa e dos seus respectivos atos, tais como, se envolver com trabalhos comunitários, ser ético e prezar pela mesma, assim como entender que às vezes salvar o mundo significa mudar a realidade de um bairro, comunidade e ou cidade. Enfim, o que gostaria de deixar claro é: RI não te prepara e não te capacita para tais desafios, quem realmente quer mudar e salvar o mundo, combater a miséria e as injustiças sociais, já nasce com tal desejo ou o adquire por acreditar em um fim; ou seja, qualquer pessoa com grandes e ou pequenos atos pode sim fazer a diferença independentemente da sua formação acadêmica!
Dito isto, RI é sim uma carreira inspiradora para atuar no cenário internacional, seja no âmbito do primeiro, segundo ou terceiro setores. Ademais, creio que se a intenção é seguir carreira diplomática, a formação teórica adquirida ao longo do curso é fundamental para o preparo para o exame do Rio Branco.
Creio que antes de se inscrever é essencial entender o que você espera do futuro profissional e pessoal, pois não adianta ter o desejo de seguir carreira diplomática e não ter disponibilidade para fazer o curso preparatório em Brasilia, assim como, pensar que o curso irá capacitá-lo para trabalhar em certas áreas que demandam algum tipo de conhecimento técnico específico, visto que o curso é abrangente.
Além disso, penso que é fundamental analisar a instituição a ser escolhida, visto que em algumas delas o perfil do curso será mais voltado para carreira diplomática, acadêmica e outros para o segundo setor, portanto, é importante que a instituição ofereça o minimo para te preparar para os desafios desejados.
Por fim, creio que seja válido procurar bater um papo com um profissional formado que atue na área e outro que não, para assim ficar claro quais as chances e dificuldades que terá de ambos os modos.
Bela entrevista não? Calma que ainda tem mais! Veja os sites que selecionamos para você se inteirar ainda mais sobre a profissão de internacionalista. Boa leitura e até a próxima sexta-feira, com mais uma matéria do nosso “Guia de Profissão 2013″!
http://blog.marcelvanhattem.com/